quinta-feira, 10 de abril de 2008

Fragmentação

Quando o ‘guarda-chuva’ protetor das intempéries aumenta, nossa individualidade aflora e perdemos a UNIÃO que até então nos fortalecia.
Simples: quando faço parte da Seleção Brasileira, eu tenho de jogar em parceria com todos os nossos jogadores em campo, para poder vencer o jogo e o campeonato. Porém, quando volto ao meu time de origem, nossas rivalidades, cores, regionalismos, gostos, etc., predominam e aí, tenho de subjugar o então colega nacional, agora em outro time, numa disputa local.
É o que está se passando na União Européia: como tudo está se pasteurizando numa única Moeda, Forças Armadas, Parlamento, Leis comuns a todos, etc., porquê um Catalão, Basco, Kosovo, Croata, Esloveno, etc., devem ainda permanecer como parte [anexada] da Espanha, Yugoslávia, etc.?
Os mais novos sequer sabem o que é um Sudeto, enclave étnico, etc., logo irão saber! O Iraque e a Turquia possuem o Curdistão, a Turquia ainda tem a Armênia, e por aí vai a longa lista de etnias díspares da Europa e da Ásia.
Todas evidenciando espasmos sanguinolentos periódicos!
Somando os números da 1ª e 2ª Guerras Mundiais (1919 e 1939), mais de 50.000.000 de pessoas foram chacinadas devido a posse de terras e a diferenças de raça, origem, cor, língua, religião, hábitos, etc..
Ou, no nosso caso, porquê um Negro, um Índio, um Carente tem de se considerar à parte de um Brasil teoricamente ‘comandados’ por Brancos? Seguramente num primeiro momento, para serem beneficiados pela sua alegada discriminação, e em seguida, para terem um trator passando por cima de si, por terem se tornados frágeis, pois se não houver um poder maior que os seus individuais, quem irá defendê-los?
Naturalmente, já eram frágeis antes, é o motivo de concessão das cotas para corrigir uma injustiça cujas verdadeiras origens são de outro matiz: falta de políticas adequadas de educação, saneamento básico, trabalho digno, etc., ou seja: falta de um Projeto Brasil.
A Reserva Raposa do Sol em Roraima, configura-se como um “Cavalo de Tróia” em Território Nacional, já que será uma força invasora que se seguirá a sua criação e não uma disputa entre Brasileiros.
Estamos ficando cada vez mais coletivamente acometidos pelo Tio Alzi!

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