sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Terrorismo e Guerrilha Brasileira

Lembro-me de 1964, tinha 20 anos, era estudante de engenharia e radioamador. Naquela época não havia telefonia interurbana como havia hoje, tinha-se que solicitar a uma operadora do 102 - caso a ligação fosse para outra cidade ou, 101 - caso a ligação fosse para outro país. Aí, aguardava-se o tempo de espera que a operadora dava como previsto, até que ela nos chamava de volta e a ligação era completada - algo em média, raramente inferior a 3 horas.
Com a eclosão da Revolução, conseguir uma ligação telefonica tornou-se impossível, afora o congestionamento, havia a necessidade de se gravar toda e qualquer ligação pela inteligência Militar.
Na então Ibrape - Philips componentes - ficava no Conjunto Nacional na Av. Paulista em São Paulo - havia um estágiário mexicano que tão logo soube do ocorrido, estava aflito para avisar sua família no México de que estava bem e a salvo e tal comunicação foi feita através de meu equipamento de radioamador, tranquilizando-se ambos os lados da conversa então havida.
Meses mais tarde, ao nos encontrar novamente, disse-me êle: "A Revolução Brasileira tinha sido uma simples escaramuça de casal, devido ao pouco mais de 150 mortos, pois no México, quando lá morrem menos de 150.000 pessoas, é considerado Briga de Família".
Revoluções como a nossa foram saneadoras, de forma alguma revanchistas ou matadoras, o que teria fatalmente ocorrido caso fosse outro o desfecho, pois só em Cuba, mais de 300.000 pessoas foram fuziladas e outras milhares fugiram do 'paraíso' cubano, hoje tão pranteado por ardorosos fans del Coma Andante!
Mesmo em minha própria classe do curso de engenharia, havia terroristas que plantaram bombas em vários locais, participaram da guerrilha com Mariguella e Lamarca e depois se exilaram no exterior.
Mas, distorcer a realidade e os fatos, só é possível como "Nunca Antes neste País" de esquecidos e iletrados.
Projetos de Poder baseados em terrorismo e banditismo, só frutificam com o apoio da plebe ignara, o que hoje não falta! Mas, uma vêz que começam a tomar ciência dos fatos, rejeitam a tutela infantil que alguns 'políticos' teimam em lhes aplicar.

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