domingo, 16 de março de 2008

Guerra aonde????

Recentemente o Diogo Mainardi expôs a situação do índice de mortes violentas no Brasil e os comparou, corretamente, a zonas de conflitos no Oriente Médio, uma avaliação que eu já tinha manifestado anteriormente em correspondências pessoais. Não estou reclamando em hipótese alguma de seu inestimável artigo, por alcançar leitores fora do meu círculo íntimo, um mensageiro de real valor. Aliás, seus artigos são minha leitura semanal obrigatória, dado o meu não alinhamento automatico com fé, crendices, seitas, ideologias e dogmas infalíveis, mas sim, com fatos reais, e também por eu manifestar uma imensa força de vontade em tentar corretamente compreendê-los (às vêzes, também cometo erros de avaliação).
Há uma teoria empresarial: a 'Curva de Bell", não tão recente, posto que transposta de alguns conceitos religiosos antigos, que reza (confirmado em avaliações de desempenho) que 10% dos empregados de uma atividade, nunca irão ser promovidos por absoluta falta de vontade, aptidão, competência ou talento, uma completa nulidade enfim. Assim, se você identificar anualmente quais são os que pertencem a este contingente e regularmente despedi-los (para não 'contaminar' os outros produtivos), contratando outros para a posições vagas, há uma chance de que dentre os novos, possa ser pinçados alguns até melhores do que os que não foram substituídos compulsoriamente e a empresa possa paulatinamente ter os melhores quadros e progredir em rítmo mais rápido do que vinha alcançando.
Fazendo comparações, a primeira com nossos pés (não precisamos deles para continuar vivos), a segunda com patologias médicas (gosto dessas comparações, vide artigo anterior: Ocupando Espaços Ocupados) reporto-me agora a gangrena nos pés, fato comum decorrente de Diabetes em estado avançado (cegueira é uma outra consequência, mas no outro extremo). Se você não o amputar (não há remédio que a cure), o paciente irá morrer pelo alastramento da podridão em vida que ela causa - se amputar, o paciente não conseguirá andar mais, talvez com uma prótese, mas ficará vivo e se corretamente tratado, poderá ter uma sobrevida com alguma qualidade (haja redundância), mas dificilmente voltará a ser tão produtivo.
Se somarmos as mortes anuais ocorridas nas guerras do Iraque e do Afeganistão, nos ataques dos Palestinos aos Israelenses e seus revides, mesmo assim, não alcançaremos o total de mortes anuais contabilizados no Brasil - o fato é que lá há bombas, mísseis, aviões, tanques, minas terrestres e tropas militares acontecendo num espaço físico restrito, e aqui, só desinformação e inúmeras 'cenouras' para distrair o Pôvo.
Desta forma, nossos políticos estão pouco se lixando com os mais de 50.000 mortos/ano em chacinas, assassinatos, mortes violentas, etc., sem e principalmente, se falar, ou incluir nas estatisticas, os que morrem (crianças) com pouca idade por falta de saneamento básico, pois estão vivendo dentro do esgôto.
E dentre inúmeras 'balas perdidas', há várias 'achadas', ou seja, no meio do tiroteio, aparentemente a esmo, vão-se Prefeitos e muitos outros que não estão envolvidos, por encomenda 'terceirizada'.
Eis o primado da implantação (oculta) da "Curva de Bell". Só perdemos em número de mortes violentas anuais para alguns países genocidas da África.
Arrume-se uma cortina de fumaça e a atenções se desviam.
Agora, imagine-se sem seus pés. Imagine agora, o Brasil sem os pés. Viraremos 'patos mancos' esperando ser abatidos. E tudo por falta de descortínio histórico, interêsses políticos mesquinhos e distorção religiosa. Quantos 'Nobel' poderiam ser pinçados nesta 'camuflada' chacina Brasileira, se tal não viesse a ocorrer? E nas empresas que praticam a "Curva de Bell" - quantas perderam excelentes funcionários aterrorizados com esta prática? O problema do Brasil (e de muitas atividades) continua sendo o fator RH (recursos humanos).

Nenhum comentário: